Idiomacidium

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Saturday, November 08, 2008

Dos limites da comunicação

Não sou um expert na matéria, ao contrário, sou leigo, não entendo nada de semiótica, semântica ou gramática. Sou antes um sobrevivente, um curioso, cujo único conhecimento é prático e advém do meu gosto por literatura, por escrever. 

Existe uma polêmica que envolve liberdade quando se escreve, não falo da óbvia liberdade de contexto, mas formal, do texto em si. Entendo que essa liberdade deve ter alguns limites, que podem extrapolar os limites gramaticais formais da linguagem culta, mas devem se cingir ao limite do que é compreensível, da possibilidade de comunicar a sua idéia.

Tenho constatado nessa imensa rede viral que é a internete que esses limites da compreensão e do entendimento já foram de muito ultrapassados. Por um lado o aspecto do tempo, que é indutor da extrema abreviação, da absoluta concisão, levando, no mais das vezes, a total incompreensão daquilo que se pretendeu transmitir: ax ki v6 = eu acho que vocês.

Num outro aspecto a alegação de que essa mesma pressa acaba por induzir a erro na grafia de muitas palavras. Resta saber até que ponto é a necessidade de destreza que leva ao cometimento desses erros, pelos quais, sinceramente, é difícil aceitar essa tese da pressa.

Aconcelho, verção, suple, inganação, velosidade, agente pode-se, fasso, tenque, desistalar, ipocrecia, sirurgia, corassão, chansses, pírulas, ingravidar, destra-ido, esvasiar, invensão, mussumanos e cicatrizez são alguns dos exemplos do que falo. A mim parecem muito mais falta de conhecimento do que erros involuntários de digitação.

Um pouco mais de cuidado ao digitar, um hábito de leitura, a consulta ao dicionário são bons conselhos para esse pessoal que cometendo verdadeiros "idiomacidiuns" por aí.


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